A forma de Esther
Bastava vê-la para surgir inúmeras fantasias...
ele imaginava, e mais do que isso, invertia a noite pelo dia
queria trazê-la para dentro do seu mundo, pois consumido estava por um desejo profundo
Ah! ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?
A Esther era uma pequena forma numa mulher, o desequilíbrio entre o que se vê e o que se quer
aqueles olhos serenos, aquela boca desenhada, aquele sorriso adolescente, mas indecente...
na sua imaginação ela sempre surgia adornada, com o cabelo descolorido, na tonalidade de júpiter
Ah! ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?
Ele visitava os pensamentos dela, a sua vaidade, e imaginava aquele corpo refletido no espelho...
vez por outra abria a janela do quarto em busca do luar, bela bola de cristal para ver essa mulher
se não a encontrava num lugar qualquer, ora no sol, ora na lua, ora malmequer, ora bem-me-quer...
ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?
Humberto de Campos
Escritor e Poeta
@humbertodecampos11