Desenho da M'alma
Quis me conhecer, desenhar a mim mesmo, rascunhar a minha alma, apaixonada, muito entristecida das desilusões, desencantada, de andar por estradas vazias, cansada, esta M'alma desalmada
O diálogo do "Eu" com o "Nós" era comigo mesmo, na ausência do verbo e do sujeito, a esmo, a ausência de mim mesmo sempre foi para "mim", para o pensamento presente, um pretexto, a minha vida é um rascunho de texto
Não sou um amante perfeito, digo e reconheço, por isso passeio pelas palavras a todo preço, das quedas esqueço, me ergo ali, de todo jeito, num verbo, num adjetivo, num substativo, sempre tropeço, que jeito?
Pelas mentiras e calúnias vãs que me assodam, não tenho o menor apreço, prefiro as palavras duras, puras, mas que expressem o meu puro desejo, o meu caráter e o meu livre e espontâneo jeito, que jeito?
Longe de mim ser um humano ou um sujeito perfeito, sou meio animal, meio político, meio cidadão, meio perfeito e imperfeito, Perfeição e Imperfeição, cabem num mesmo sujeito, me vejo assim, e assim me aceito, que jeito?
Humberto de Campos
Mestre Holístico