A Casa de Hera
Uma garganta profunda de "Hera", infinita cratera, aberta ao fundo, trouxe Luz branca ao mundo, esse mundo moribundo, que Céu cobriu Terra, num espírito fecundo, este nosso mundo moribundo
Não quero fugir, não vou fugir do mundo, nem por um segundo, compreenda Raimundo Fagner, ele não negou Raimundo, Fagner ama o Ceará e pensa em Mucuripe, esse nosso mundo moribundo
O vazio morava no "Nada", o vazio era o "Nada", uma vagina aberta e casta, alma sem casa, geração às avessas do coração do "quasimodo", a corcunda do mundo, esse nosso mundo moribundo
Se fez chuva rica de sementes, abundância de água doce e quente, vastos mares, riachos e rios fundos, haviam peixes e pães, frutas e verduras, nos verdes vales e profundos, esse nosso mundo moribundo
O fogo sagrado e a água sagrada, juntos no "Nada", das têmporas intemporais surgiam entranhas, formando-se estava a infinita e eterna cratera de "Hera", décimos de segundo, esse nosso mundo moribundo
Humberto de Campos
Mestre Holístico