Silêncio de Mulher
Silêncio de Mulher
Silenciada, sim, silenciada, tal qual uma taça vazia, devassa e sem graça, sim, fui silenciada
O meu corpo nu lembrava, um tapa na face, a roupa rasgada, sua puta, dizia ele, sim, silenciada
Saia da minha vida triste e acabada, morrer outra vez é nada, a minha voz arrancada, sim silenciada
Abra a porta "porra", remova a cama virada, ascenda a luz do corredor, essa desgraça de vida, silenciada
O que queres tu de mim, com a sua cara lavada, não sou tua, não te amo, não me dominas, mesmo silenciada
Humberto de Campos
Mestre Holístico
Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 19/04/2020