A Angústia de Um Punhal
A angústia de um punhal
A angústia de um "tempo" que não passa, que a janela da vida opaca, retira o sopro de vida ingrata, sem graça
Apostei meus sonhos e planos num garanhão de raça, num amor encegueirado, um desatino de felina, um ataque sem caça
Ele tudo prometera-me, ascendi a ele minha chama casta, submeti meu corpo puro, uma tortura, que podre desgraça
Essa angústia me traz o mal, corta minha carne fria, tal qual a lâmina de um punhal, um mal de sangue, dor sem igual
Abrirei outra vez a janela da vida, verei as plantas do quintal, vou ouvir o canto das aves moças, vou por as roupas sujas no varal
Esqueça-me, quebro agora esse amor carnal, não mais me toque, se afaste de mim, saia agora, é ponto final do mal
Humberto de Campos
Mestre Holístico
Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 18/04/2020