Minhas Bolas de Sabão
Minhas Bolas de Sabão
Os canudinhos entre os dedos, sopravam os meus desejos, contidos nas bolas de sabão, mas ela, Luiza, as estouraram com alfinetes escondidos sob a mão
Nossa, como podia ela, fazer tamanha ingratidão, se lhe mandava bilhetes, flores, lhe dedicava versos tais, poemas meus, todos fenomenais
Oh! menina baiana, garota de Ipanema, morena tropicana, não sei o quão me ama, mas não apague o sonho, e diz-me que me ama, leve-me para a cama
As bolas de sabão, lembra-te, estouraram pelo ar, sob as gotas de chuva que caiam sem parar, os meus desejos, sob a lama sucumbira, tristeza de matar
Mas Marisa, vem cá Luiza, gira em torno de mim tal qual a brisa, diria Jobim, Marisa, faça isso por mim, não me deixe morrer assim, em carmim
Humberto de Campos
Mestre Holístico
Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 17/04/2020