Meu Rio de Janeiro
Meu Rio de Janeiro
O meu mundo era presente, eu sentia o que você sente, mas de repente, a distância me pôs distante, em suspense causitrante
Assim como uma lua sem luar, me vi esvaziada num vazio de chorar, um fastio, um Janeiro sem Rio, uns cabelos sem fio, uma guerreira sem ardil
Vozes de outrora, agora me ignoram, o silêncio apavora, sem poder e nem querer, o "quero não quer "hora", visto nada ter a mão, ouço môca a audição
A psiquê me assusta, não traduz a minha angústia, pois tudo me é ausente e tudo me faz falta, sinto falta de mim, do meu eu, do meu breu, que se perdeu
Ele se foi, meu eu se foi, é duro acreditar, que já não posso laborar, e tão longe de casa fui parar, que não consigo retornar, é parar para pensar
O meu grito aprisionado por ti chora, por mim implora, então volta sem demora, pois isto custa, tua ausência me custa, uma vida sem minha augusta
Humberto de Campos
Mestre Holístico
Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 17/04/2020