Overdose de Catarina

Menina serpentina, nos riachos, nos rios, nas árvores, ora em baixo ora em cima, adoro teu confete, tua pele clara, e ruiva crina, Catarina

O teu brilho rubina, espraia no meu pulmão, um veneno estriquinina, princesa marroquina, leve-me aos castelos do marrocos, Catarina

Saboreei teu mel de abelha mineiro, por inteiro, ainda tímido, não sabia se te olhava toda, ou sentia o teu cheiro, de "Minas", Catarina

As minas são gerais, Milton Nascimento ensina, mulher barroca, preta, branca, tua boca me alucina, vem para cima de mim, Catarina

Sinto um fogo, uma febre que ao meu corpo domina, ouço então Luís Guerra e sua "billirubina", quero overdose de insulina, de Catarina

  Humberto de Campos
     Mestre Holístico